Quem sou eu?

Sou mãe, esposa, filha, irmã e profissional dedicada à saúde mental de mulheres no ciclo gravídico-puerperal.

Trabalho com mulheres em suas múltiplas jornadas: tentantes, gestantes, puérperas, mães solo, mães em luto, mães cansadas — mulheres reais, com histórias reais.

Antes de me tornar mãe, eu olhava para a maternidade com uma visão ainda limitada. Observava minha mãe, minha irmã, mulheres que sempre vi como super-heroínas. Eu sabia que era cansativo, difícil, mas acreditava que elas tinham nascido para aquilo. Achava que era fácil. Reconhecia que existiam diferentes formas de viver a maternidade, mas ainda não compreendia isso com profundidade.
Tudo mudou em 2019, quando descobri uma gravidez não planejada. Foi um momento que desviou completamente o rumo dos meus planos: terminar a faculdade e trabalhar. Quando minha filha nasceu, algo em mim foi profundamente tocado.

Minha conexão com a Psicologia Perinatal aconteceu a partir de dois momentos. O primeiro, com a chegada da minha segunda filha, em pleno período de pandemia e isolamento social. Eu já havia vivido a primeira maternidade, mas, dessa vez, com o fator do isolamento, tudo ganhou uma nova dimensão.

Foi então que senti vontade de compartilhar, nas redes sociais, um pouco do meu dia a dia, das minhas vivências nos stories: minhas dificuldades, o período de baby blues, o puerpério emocional. Ao mesmo tempo, fui pesquisando sobre o quanto esse período da gestação traz vulnerabilidades para a saúde mental da mulher.

Muitas outras mulheres começaram a se conectar comigo, a compartilhar também suas experiências, e eu percebi o surgimento de uma grande rede de apoio online — uma fortalecendo a outra.

Quando me abria ali, sem romantizar a maternidade, mostrando uma maternidade real — com suas dificuldades, mas também com muito amor —, eu criava conexões verdadeiras. E foi nesse processo que compreendi: o cuidado com a saúde mental e emocional da mulher nesse período é fundamental, não apenas como resposta ao adoecimento, mas como prevenção, como cuidado antes que ele aconteça.

O segundo momento marcante também aconteceu nesse mesmo período, quando minha melhor amiga estava grávida. Nossas filhas nasceram com menos de um mês de diferença, e vivemos juntas muitas experiências intensas.

Ela passou por momentos bastante difíceis, e algo que me tocou profundamente foi perceber o quanto fez diferença o apoio de uma profissional competente, especializada na área da perinatalidade. O olhar dessa psicóloga me despertou admiração, não apenas pelo conhecimento técnico sobre o período gravídico-puerperal, mas sobretudo pela forma humana, sensível e acolhedora com que ela realizava o processo terapêutico.

Foi nesse encontro indireto por meio da vivência da minha amiga, que meu olhar para a Psicologia Perinatal se ampliou ainda mais. Ali nasceu uma nova inspiração em mim: a vontade de também ser esse cuidado para outras mulheres em momentos tão delicados e transformadores.

Minha missão é oferecer um espaço seguro, de escuta afetiva e suporte emocional, onde cada mulher possa ser acolhida em sua totalidade, sem julgamentos. Acredito que cuidar da saúde mental durante o ciclo gravídico-puerperal é um ato de coragem e amor próprio.

Utilizo a Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) como uma das bases do meu trabalho — uma abordagem que convida à presença, à aceitação da experiência como ela é e ao compromisso com uma vida alinhada aos seus valores. Por meio dela, ajudo mulheres a se reconectarem com o que realmente importa, mesmo diante da dor e da vulnerabilidade que surgem muitas vezes na maternidade.

Sou movida por uma escuta humanizada, pelo respeito à singularidade de cada mulher e pela crença de que ninguém deveria maternar sozinha. Aqui, você encontrará um espaço de acolhimento, reflexões e caminhos possíveis para cuidar da sua saúde emocional.

Se você está atravessando a maternidade, seja no desejo, na gestação, no puerpério, no amor, na dor ou na dúvida, este espaço é seu.